terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Arroz com Capote




 Aves rústicas e resistentes, as galinhas-d’angola (conhecidas como "capote" no Piauí) são fáceis de criar, mas não são boas chocadeiras. Sua carne é comparada à do faisão

A GALINHA-D'ANGOLA, nativa da África, também é conhecida no Brasil como galinhola, angolinha, pintada ou guiné.

Apesar de estar domesticada há bastante tempo foi trazida da África na época da escravidão, a galinha-d'angola preserva ainda alguns de seus hábitos selvagens.

Anda em bandos e é muito barulhenta:Seu grito "tô-fraco" é inconfundível. Por isso, uma de suas utilidades é como guarda: quando percebe a presença de estranhos ou qualquer anormalidade, põe-se a gritar.

É criada como ave ornamental e como produtora de carne e ovos. Sua carne tem consistência firme e é muito saborosa, sendo comparada à do faisão. 



Na culinária francesa é a famosa “pintade”, ingrediente de pratos sofisticados.

Também colabora com o equilíbrio biológico, pois devora lagartas, formigas e carrapatos.

Em relação às características físicas, encontram-se três tipos. A mais comum é a pedrês cinza com bolinhas brancas. Existem ainda as inteiramente brancas e também a pampa, resultado do cruzamento das primeiras.

Com cerca de três meses, o macho já apresenta uma crista pronunciada para a frente, como um chifre; na fêmea, essa crista é mais arredondada.


No Piauí  como em nenhum outro canto do Brasil, aprecia-se essa ave de origem africana.


O consumo de capote no Piauí é hábito tão comum que o Estado seguramente é o único no Brasil onde existem restaurantes especializados no preparo da ave.

Em Teresina, há o Capote com ‘C Maior” e o “Capote da Dalva”. Em Campo Maior - 70 quilômetros de Teresina   há pelo menos cinco restaurantes especializados.

 Na capital, o capote faz parte do cardápio de um grande número de restaurantes.

Basicamente, come-se capote ao molho (pardo, leite de coco ou molho comum, com urucum), frito e misturado com arroz. Em qualquer uma das versões, uma festa para papilas gustativas, que se aguçam ainda mais com o toque da pimenta de cheiro que acompanha ou com o pegado, que consiste no arroz queimadinho do fundo da panela em que se prepara o capote.

O capote ou galinha d'angola ou guiné é, verdadeiramente, pelo menos para mim, o mais legítimo representante da culinária do Piauí.

É claro que não rouba o lugar da maria-isabel, que está também presente em qualquer restaurante ou do doce de limão, essa raridade muito piauiense.

Ocorre é que se come compota de limão em Goiás e existe maria-isabel até em Mato Grosso.



Aqui em Belo Horizonte o Capote é uma ave  difícil de encontrar (apenas em casas especializadas em carnes exóticas ) e não é muito barata, o preço varia entre R$ 29,00 a R$ 30,00 o kilo, geralmente um Galinha tem em torno de 2kl .



A delícia da vez é conhecido no Piauí como Capote, que é um arroz feito com galinha d'angola.


2 kl de Capote

Ingredientes :

1kl de capote (galinha d angola)
2 dentes de alho picados
10 g de colorifeco
100g tomate em cubos
100g cebola em cubos
Sal
Pimenta do reino
Olho
350g de arroz
Salsa
Cebolinha
Louro
Caldo de legumes ( receita )


Modo de preparo :


Tempere o capote com alho, sal e pimenta , louro. Em uma panela de pressão , aqueça o olho e refogue o tomate, cebola ,o pimentão e refogue o Capote com os temperos por uns 10 minutos ate que ela fique dourada por fim adicione no o colorifico.

Em seguida , acrescente o caldo de legumes e cozinhe na pressão por 20 minutos.

Desligue o fogo, espere a pressão sair e abra a panela .( A carne de Capote além de ser  bem escura e também  é uma carne mais dura que a da galinha normal , eu usei um capote criado para consumo como se fosse a "galinha de granja" se você for utilizar um  "Capote Caipira" pode ser que demore mais que 20 minutos para cozinhar )


Junte o arroz e cozinhe por mais 20 minutos em fogo baixo. Transfira o capote para uma travessa salpique salsa e cebolinha se desejar .






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