Ninguém sabe ao certo quando
o pão de queijo surgiu. Especula-se que a receita tenha sido criada por volta
do século do XVIII, em Minas Gerais, mas só se tornou popular na década de
1950. Outros dizem que o produto existia desde a época da escravidão. Independentemente
de sua origem, o que ninguém discorda é que a mistura de queijo, polvilho,
leite, ovos, sal e manteiga, criada nas fazendas mineiras, quando todos se
reuniam para fazer quitutes, se tornou um hábito de consumo irresistível. “Era
muito comum reunir toda a família na fazenda para preparar o pão de queijo. Os
ingredientes eram bem selecionados, tínhamos todo um cuidado no modo de
preparar e atenção especial ao assar, que, naquela época, era realizado no
forno a lenha.
Em Belo Horizonte o dia do pão de queijo esta sendo comemorado com ação de gentileza urbana.
Belo
Horizonte será palco de uma ação de gentileza urbana, replicada no mundo todo.
Uma pessoa entra em algum estabelecimento comercial, consome algo e deixa um
produto pago para a próxima pessoa, um desconhecido. De café a lanches, ou
mesmo um choop, a ação consiste em agradar alguém, em algum lugar. Em BH, a
ação será estimulada a partir da mais tradicional iguaria mineira: o pão de
queijo.
O
Pão de Queijo Amigo é uma ação criada pela Frente da Gastronomia Mineira, que
conta com a parceria de 29 cafeterias e lanchonetes de vários cantos da
capital. A atividade marcará o Dia do Pão de Queijo, comemorado no próximo dia
17.
Os
belo-horizontinos serão estimulados a praticar a gentileza deixando um pão de
queijo pago para a próxima pessoa que entrar nos estabelecimentos parceiros, de
forma anônima e, se desejar, poderá escrever um bilhete com mensagens
inspiradoras para alegrar o dia daquele desconhecido. A ideia é formar uma
reação em cadeia, unindo duas grandes riquezas dos mineiros:o pão de queijo e a
gentileza.
A
prática surgiu a partir do livro The Hanging Coffee, do tcheco Jan Burian, em
que o personagem toma um café e, ao pagar a conta, deixa dois cafés pagos: o
seu e um pendente para o próximo cliente.
De
acordo com o Coordenador da Frente da Gastronomia Mineira, a ação visa “divulgar o pão de queijo – uma das marcas identitárias de
Minas Gerais –, além de envolver a sociedade em ações de gentileza urbana
associadas à Gastronomia e de valorizar as quitandas mineiras”.
Estabelecimentos
participantes do Pão de Queijo Amigo
Cafeterias
e lanchonetes de Belo Horizonte, que comercializam o produto, irão estimular
seus clientes a praticarem a gentileza. “É uma iniciativa formidável, que une o
que há de melhor na nossa gastronomia – o pão de queijo –, com o melhor de
nossa essência – a gentileza”, destacou Alessandro dos Santos Venuto,
proprietário de quatro lanchonetes da franquia Empada's, participante do
projeto.
Para
Rosimeire Viera, proprietária de uma franquia da Cafeteria Mr. Black, que
também aderiu à ideia do Pão de Queijo Amigo, com a rotina e correria do dia a
dia, não sobra muito tempo para gestos de gentileza. “A ideia é uma
oportunidade de praticar a cortesia. Estou certa que meus clientes irão adorar
a ação”, diz.
Bruno
Braz Golgher, diretor do Café com Letras, acredita que a atividade contribui
não apenas para a divulgação de um dos principais produtos que faz referência à
culinária mineira, mas também para a afetividade. “A ação gera uma corrente
entre pessoas que não se conhecessem, uma relação de afeto é formada no
processo e as pessoas são contagiadas por isso de forma positiva”, sublinha.
A
Pão de Queijaria
Rua
Antônio de Albuquerque, 856
Academia
do Café
Rua
Grão Pará, 1024 – Funcionários
Armazém
Dona Lucinha
Rua
Padre Odorico, 38 – São Pedro
Boca
de Pito
Shopping
5ª Avenida, Loja 29 – Piso B, R. Alagoas, 1314
Café
Kahlúa
Rua
dos Guajajaras, 416 – Centro
Café
Cine Brasil
Rua
dos Carijós, 258 – Centro
Café
com Letras Liberdade
Praça
da Liberdade, 450 – Funcionários
Café
com Letras Savassi
Rua
Antônio de Albuquerque, 781 – Savassi
Cafeteria
da Fazenda
Rua
Montes Claros, 752 – Anchieta
Dona
Diva Café & Quitandas
Av.
Augusto de Lima, 744 – 163 – Mercado Central – Centro
Empada's
Barro Preto
Avenida
Augusto de Lima, 1288 – Barro Preto
Empada's
Centro I
Rua
Rio de Janeiro, 290 – Centro
Empada's
Centro II
Rua
São Paulo 656, na Galeria do Ouvidor, loja 42
Empada's
Floresta
Rua
Itajubá, 445 – Loja C – Floresta
Empada's
Funcionários
Rua
Professor Moraes, 562, loja 17 – Funcionários
Empada's
Gutierrez
Av.
Francisco Sá, 1122 – Loja 08 – Gutierrez
Empada's
Santa Efigênia
Av.
Brasil, 76 – Santa Efigênia
Empada's
Santa Tereza
Rua
Hermilo Alves, 338 – Santa Tereza
Empada's
Savassi
Av.
Getúlio Vargas, 1714, loja 2 – Savassi
Empada's
Serra
Av.
Getúlio Vargas, 286, loja 1 – Serra
Intuição
& Grão Café
R.
Itajubá, 350 – Floresta
Lanchonete
Senac
Rua
Tupinambas 1038 – Centro
Lanchonete
Unifenas
Rua
Professor Hermínio Guerra, 75, Itapoã
Los
Mineiros Food Truck
Rua
Fernandes Tourinho, 1040 – Lourdes (em frente ao Mestre Cervejeiro)
Mocca
Coffee & Meal
Rua
Desembargador Jorge Fontana, 50 – Belvedere
Mind the Coffee
Av. Cristóvão
Colombo, 501 – Savassi
Mr.
Black Santo Agostinho
Rua
Dias Adorno, 260 – Santo Agostinho
Oca
Café Espaço Cultural
Rua
Henrique Badaro Portugal, 480 – Loja 5 – Buritis
Quitand'arte
Rua
Antônio de Albuquerque, 369 – Savassi
Sobre
a Frente da Gastronomia Mineira
Para
fazer com que a gastronomia de Minas Gerais passasse a ser mais notada
dentro e fora do Brasil, foi criada, em Belo Horizonte, a Frente da Gastronomia
Mineira (FGM), instância de discussão e articulação, um fórum
participativo para reunir esforços pela defesa, preservação e promoção da
Gastronomia Mineira.
A Frente
nasceu a partir da constatação de que existiam no Estado diversas iniciativas
sendo realizadas – todas de grande relevância – sem, contudo, haver a
necessária conexão entre elas. Observou-se que, ao articulá-las em um trabalho
em rede, não só melhores resultados seriam colhidos, como acarretaria
significativa economia de recursos financeiros e humanos.
Surgiu
a proposta de organizar um grupo que reunisse representantes de instituições
públicas, privadas e do terceiro setor, formadores de opinião, empreendedores,
profissionais e pesquisadores do tema, e todos aqueles que tivessem interesse
ou participação na cadeia gastronômica.
Instituições
como o Sebrae, CDL-BH, Sistema Fecomércio Minas, Sesc e Senac, secretarias de
Estado de Turismo, de Cultura, de Desenvolvimento Econômico (Exportaminas) e de
Agricultura, Associação Mineira da Gastronomia (AMiGa), Prefeitura de BH
(Belotur), Abrasel-MG, além de acadêmicos, pesquisadores, organizadores dos
principais eventos de gastronomia (Comida di Buteco, Projeto Fartura, entre
outros), produtores e chefs de cozinha compõem a Frente.
Debates
e atividades, desenvolvidos em conjunto e voluntariamente em prol da
gastronomia de Minas Gerais, são desenvolvidos mensalmente. Cada
participante da Frente tem a responsabilidade de ser um facilitador na solução
dos problemas junto aos poderes constituídos e trabalham permanentemente para
fazer de Minas Gerais o melhor destino gastronômico brasileiro. Dentre os
principais objetivos estão o de incluir o tema na agenda das políticas
públicas formuladas e executadas em Minas Gerais, além de tornar toda cadeia
produtiva da cozinha de Minas mais reconhecida no Brasil e no mundo.
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