terça-feira, 5 de agosto de 2014

Canja de Galinha






Nada melhor do que preparar uma refeição caseira para toda a família! O ritual de comprar os alimentos separá-los, cortá-los e finalmente cozinha-los demonstra o carinho e a preocupação de quem prepara a refeição. 

Além disso, o clima mais frio convida a todos para uma boa sopa. 

Adoro essa expressão descreve bem a nossa receita de hoje: “canja = mãe líquida”.  Rsrrsrrsrsr

A canja de galinha é um prato curioso, pois esse hábito de consumir arroz+ave é mundial, todo país tem seus pratos com esse casamento. Pesquisando um pouco, descobri que o nome “canja” vem de “kanji”, um ensopado de arroz e galinha indiano típico da Província de Malabar, região onde fica Goa, antiga colônia portuguesa na Índia.






O hábito de tomar canja e agregar a ela propriedades medicinais remontam final do século XVIII e começo do XIX com a invasão francesa em Portugal, quando a nobreza consumia regularmente esse prato. Mas há quem acredite que a real origem da canja é a mesma do arroz doce. Simmmm, canja e arroz doce são irmãozinhos! 

Há tempos e tempos atrás, aproximadamente no século XVI e XVII, entre 1532 quando Duarte Coelho chegou até comecinho de 1700, com o começo da interiorização européia no Brasil, o prato mais “chic” de nossas terras era o “manjar branco”, de origem mourisca, consistia em um pudim doce feito com açúcar, leite, canela, arroz quebradinho e peito de frango desfiado. 

Curioso, não? Rsrsrs 
 
Resumo da Ópera: Canja é tudo de bom, um prato barato, saboroso, tradicional, simples de fazer e saudável, pois tem baixa caloria e propriedades antiinflamatórias. Pode também ser saboreada no verão, apesar de aquecer, é muito leve e não dá aquele “suador” que os caldos mais pesados e gordos fazem!




 


Ingredientes:


350g  peito de frango (com ossos e pele).


03 tomates


01 cebola


02 dentes de alho 


2 batatas

80g de  vagem


01 cenoura média


150g  de arroz


Azeite


Salsa



Urucum (opcional)

Cebolinha

Sal e pimenta do reino.




Modo de Preparo:



Refogue o alho no azeite até dourar, adicione a cebola e a pele inteira do peito, deixe até caramelizar. Adicione o frango (cortado em cubos) o urucum, a pimenta do reino, refogue até o frango ficar branco, adicione o sal, o tomate, a cenoura, salsa,a batata e a vagem, misture e coloque o esqueleto do peito (geralmente é uma peça inteira de ossinhos finos e cartilagem, ainda com pedacinhos de carne). 

Deixe refogar por uns 5 minutos, adicione água quente até cobrir + 50% os ingredientes, aproximadamente 3/4 da panela. 




Vá provando, quando começarem a cozinhar (mas ainda duros, longe de ficar pronto), coloque o arroz e mexa. 

Depois vá mexendo periodicamente e provando até o arroz ficar cozido. Corrija o sal e a pimenta e adicione as cebolinhas pouco antes de servir.





Dicas:

Usar a pele e os ossos-cartilagem é muito importante, porque eles darão sabor ao caldo e evitarão o uso daqueles tabletes sintéticos. Não se esqueça de retirar essas partes indesejadas antes de servir, porque osso na sopa ou aquela pele branca e cheia de poros é o fim!

O tamanho dos legumes e a ordem que são colocados é muito importante, porque o mais difícil em uma sopa é o “timing” , saber que todos os vegetais estarão no cozimento certo ao desligar o fogo. Por exemplo, a cebola e o tomate devem “desaparecer”, já a batata cozinha mais rápido que a cenoura, por isso é cortada em rodelas mais grossas. 

O arroz é um dos últimos e a cebolinha, praticamente crua. Assim por diante, porque cozimento e textura importam muito nesse caso.



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