Nada melhor
do que preparar uma refeição caseira para toda a família! O ritual de comprar
os alimentos separá-los, cortá-los e finalmente cozinha-los demonstra o carinho
e a preocupação de quem prepara a refeição.
Além disso, o clima mais frio
convida a todos para uma boa sopa.
Adoro essa expressão descreve bem a nossa receita de hoje: “canja = mãe
líquida”. Rsrrsrrsrsr
A canja de galinha é um prato curioso, pois esse hábito
de consumir arroz+ave é mundial, todo país tem seus pratos com esse casamento.
Pesquisando um pouco, descobri que o nome “canja” vem de “kanji”, um ensopado
de arroz e galinha indiano típico da Província de Malabar, região onde fica
Goa, antiga colônia portuguesa na Índia.
O hábito de tomar
canja e agregar a ela propriedades medicinais remontam final do século XVIII e
começo do XIX com a invasão francesa em Portugal, quando a nobreza consumia
regularmente esse prato. Mas há quem acredite que a real origem da canja é a
mesma do arroz doce. Simmmm, canja e arroz doce são irmãozinhos!
Há tempos e tempos atrás, aproximadamente no século XVI e
XVII, entre 1532 quando Duarte Coelho chegou até comecinho de 1700, com o
começo da interiorização européia no Brasil, o prato mais “chic” de nossas
terras era o “manjar branco”, de origem mourisca, consistia em um pudim doce
feito com açúcar, leite, canela, arroz quebradinho e peito de frango desfiado.
Curioso, não? Rsrsrs
Resumo da Ópera: Canja é tudo de bom, um prato barato,
saboroso, tradicional, simples de fazer e saudável, pois tem baixa caloria e
propriedades antiinflamatórias. Pode também ser saboreada no verão, apesar de
aquecer, é muito leve e não dá aquele “suador” que os caldos mais pesados e
gordos fazem!
Ingredientes:
350g peito de frango (com ossos e pele).
03 tomates
01 cebola
02 dentes de alho
2 batatas
80g de vagem
01 cenoura média
150g de arroz
Azeite
Salsa
Urucum (opcional)
Cebolinha
Sal e pimenta do reino.
Modo de Preparo:
Refogue o alho no azeite até dourar, adicione a cebola e a pele inteira do peito, deixe até caramelizar. Adicione o frango (cortado em cubos) o urucum, a pimenta do reino, refogue até o frango ficar branco, adicione o sal, o tomate, a cenoura, salsa,a batata e a vagem, misture e coloque o esqueleto do peito (geralmente é uma peça inteira de ossinhos finos e cartilagem, ainda com pedacinhos de carne).
Deixe
refogar por uns 5 minutos, adicione água quente até cobrir + 50% os
ingredientes, aproximadamente 3/4 da panela.
Vá
provando, quando começarem a cozinhar (mas ainda duros, longe de ficar pronto),
coloque o arroz e mexa.
Depois vá mexendo periodicamente e provando até o arroz
ficar cozido. Corrija o sal e a pimenta e adicione as cebolinhas pouco antes de
servir.
Dicas:
Usar a pele e os ossos-cartilagem é muito importante, porque eles darão sabor ao caldo e evitarão o uso daqueles tabletes sintéticos. Não se esqueça de retirar essas partes indesejadas antes de servir, porque osso na sopa ou aquela pele branca e cheia de poros é o fim!
O tamanho
dos legumes e a ordem que são colocados é muito importante, porque o mais
difícil em uma sopa é o “timing” , saber que todos os vegetais estarão no
cozimento certo ao desligar o fogo. Por exemplo, a cebola e o tomate devem
“desaparecer”, já a batata cozinha mais rápido que a cenoura, por isso é
cortada em rodelas mais grossas.
O arroz é um dos últimos e a cebolinha,
praticamente crua. Assim por diante, porque cozimento e textura importam muito
nesse caso.
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