segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Papo Gourmet com Rosilene Campolina ...







Para estreia o PAPO GOURMET convidamos a chef ROSILENE DE LIMA CAMPOLINA que  é graduada em comunicação social e gastronomia.  

Também administra o portal gastronômico WWW.chefachef.com.br e possui experiência em cozinha nacionais e internacionais, com passagens por escolas como Allain Ducasse, Ritz Escoffier e LenOtre.

É membro da ADESG- AREGALA- CNP ( Conselho Norueguês  da pesca ) e FIC ( Federazione Italiana Cuochi ).Faz parte “conspiração gastronômica” e “Confraria Giuseppina”.
 Vencedora do concurso “ Melhores receitas”, no canal GNT- Programa Menu Confiança com o chef Claude Troisgros e o jornalista Renato Machado.È campeã sul-americana do concurso Les chefs Sofitel e bacalhau da Noruega.

Des de 1998 venceu o concurso Rino de ouro por cinco anos consecutivos na Duratex S/A. È colunista das revistas Minas Gurmet, arte Gourmet digital, Jonais Mg turismo , COPM e escreve para os sites FoodBrasil.net, Babyboomers, glorinhaCohen e Gastronomia Sustentável.

Em 2010 e 2011 recebeu os prêmios “Troféu Mulher Mineira” e “Mulher Influente” na gastronomia pelo seu trabalho de networking no portal chef a chef, onde difunde e compartilha com o mundo goumet uma gastronomia sem fronteiras !




 

Rosilene, para começar nossa conversa, gostaria de saber como surgiu o seu interesse
pela cozinha?

Sou de uma família interiorana que desde cedo conviveu com fogão à lenha e panelas. Cresci vendo a minha mãe
e minha avós preparem um porco inteiro e a famosa carne de lata que entre outras iguarias como requeijão e queijo abasteciam a nossa despensa. Mas a minha carreia gastronômica alavancou quando participei e venci os dois concursos de expressão nacional e internacional, sendo eles, o de "Melhores Receitas, no programa "Menu Confiança", no canal GNT com o Chef Claude Troisgros e jornalista Renato Machado e o "Les Chefs Sofitel e Bacalhau da Noruega". O prêmio me deu a chance de estagiar com grandes chefs e passar por escolas como Lenôtre, Ritz Escoffier e Alan Ducasse, além do estágio na rede francesa de hóteis Sofitel.


Como você define sua cozinha?
 
A minha cozinha é sem fronteiras, contemporânea e de produto que privilegia os ingredientes regionais e procura trabalhar dentro do conceito do Slow Food e da Ecogastronomia, já que a sustentabilidade é uma de minhas bandeiras.

O que você acha da nossa gastronomia mineira?

Sem nenhuma modéstia, acho a cozinha mineira a mais representativa do País com uma oferta de pratos que fica
difícil escolher qual seria o mais emblemático entre eles. Minas é o Estado com maior biodiversidade, e a natureza
nos brinda com ingredientes que enriquecem nossos pratos e valorizam a nossa cozinha, conferindo sabor, cor e sobretudo, identidade que retrata a influência indígena, africana e europeia na nossa gastronomia.

Algum ingrediente não entra em suas produções?

Rã. Não gosto de trabalhar com este insumo. Tenho gastura de manipular o anfíbio e para confessar, tenho um pouco de nojo em degustá-lo. O coelho também é um animal que tenho resistência em preparar por ter dó do bichinho...rsrs

Qual sua obra prima na cozinha?

 Considero as minhas duas receitas premiadas nos concursos acima descritos, o "Frango à Kinnalli" (fusão de ingredientes mineiros e asiáticos) e o "Bacalhau Brasileiro", (flambado na cachaça com pure de açafrão da terra e leite de coco) considerado o melhor da América do Sul no Les Chefs Sofitel.

Como acha que será o futuro da gastronomia brasileira?

O Brasil tem um potencial fantástico em matéria de produtos, frutos, carnes e raízes amazônicos. Nesse aspecto, a natureza foi particularmente generosa conosco. Aprendemos apreciar a boa cozinha e já existem muitos profissionais de alto nível no Brasil e no mundo. Só precisamos identificar melhor nossos próprios recursos culinários para então iniciar um diálogo produtivo com os consumidores. Creio que, neste momento, o Brasil está definindo sua própria identidade culinária e buscando um caminho para se exprimir internacionalmente. Acredito no reconhecimento e entendimento do próprio patrimônio com suas raízes culinárias, a boa comunicação com os produtores e a valorização do produto nacional e regional, os quais serão vitais neste processo. Investir em escolas, workshops e formação voltados para crianças e adolescentes, com o intuito de estimular a descoberta e formação de jovens talentos, bem como capacitá-los para o mercado gastronômico (global ) de trabalho é talvez o grande caminho.

Enfim, o que a chef gosta de comer?

Feijoada, costelinha com quiabo, bife suíno acebolado, bife de chorizo argentino, bacalhau e pão de queijo, é claro! Rs 



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