Para estreia o PAPO GOURMET convidamos a chef ROSILENE DE LIMA CAMPOLINA que é graduada em comunicação social e gastronomia.
Também administra o portal gastronômico WWW.chefachef.com.br e
possui experiência em cozinha nacionais e internacionais, com passagens por
escolas como Allain Ducasse, Ritz Escoffier e LenOtre.
É membro da ADESG- AREGALA- CNP ( Conselho
Norueguês da pesca ) e FIC ( Federazione
Italiana Cuochi ).Faz parte “conspiração gastronômica” e “Confraria
Giuseppina”.
Vencedora do
concurso “ Melhores receitas”, no canal GNT- Programa Menu Confiança com o chef
Claude Troisgros e o jornalista Renato Machado.È campeã sul-americana do
concurso Les chefs Sofitel e bacalhau da Noruega.
Des de 1998 venceu o concurso Rino de ouro por cinco
anos consecutivos na Duratex S/A. È colunista das revistas Minas Gurmet, arte
Gourmet digital, Jonais Mg turismo , COPM e escreve para os sites
FoodBrasil.net, Babyboomers, glorinhaCohen e Gastronomia Sustentável.
Em 2010 e 2011 recebeu os prêmios “Troféu Mulher
Mineira” e “Mulher Influente” na gastronomia pelo seu trabalho de networking no
portal chef a chef, onde difunde e compartilha com o mundo goumet uma
gastronomia sem fronteiras !
Rosilene, para começar nossa conversa, gostaria de
saber como surgiu o seu interesse
pela cozinha?
pela cozinha?
Sou de uma
família interiorana que desde cedo conviveu com fogão à lenha e panelas. Cresci
vendo a minha mãe
e minha
avós preparem um porco inteiro e a famosa carne de lata que entre outras
iguarias como requeijão e queijo abasteciam a nossa despensa. Mas a minha
carreia gastronômica alavancou quando participei e venci os dois concursos de
expressão nacional e internacional, sendo eles, o de "Melhores
Receitas, no programa "Menu Confiança", no canal GNT com o Chef
Claude Troisgros e jornalista Renato Machado e o "Les Chefs Sofitel e
Bacalhau da Noruega". O prêmio me deu a chance de estagiar com grandes
chefs e passar por escolas como Lenôtre, Ritz Escoffier e Alan Ducasse, além do
estágio na rede francesa de hóteis Sofitel.
Como você define sua cozinha?
A minha
cozinha é sem fronteiras, contemporânea e de produto que privilegia os
ingredientes regionais e procura trabalhar dentro do conceito do Slow Food
e da Ecogastronomia, já que a sustentabilidade é uma de minhas bandeiras.
O que você acha da nossa gastronomia mineira?
Sem nenhuma
modéstia, acho a cozinha mineira a mais representativa do País com uma oferta
de pratos que fica
difícil
escolher qual seria o mais emblemático entre eles. Minas é o Estado com maior
biodiversidade, e a natureza
nos brinda
com ingredientes que enriquecem nossos pratos e valorizam a nossa cozinha,
conferindo sabor, cor e sobretudo, identidade que retrata a influência
indígena, africana e europeia na nossa gastronomia.
Algum ingrediente não entra em suas produções?
Rã. Não
gosto de trabalhar com este insumo. Tenho gastura de manipular o anfíbio e para
confessar, tenho um pouco de nojo em degustá-lo. O coelho também é um
animal que tenho resistência em preparar por ter dó do bichinho...rsrs
Qual sua obra prima na cozinha?
Considero as minhas duas receitas premiadas
nos concursos acima descritos, o "Frango à Kinnalli" (fusão de
ingredientes mineiros e asiáticos) e o "Bacalhau Brasileiro",
(flambado na cachaça com pure de açafrão da terra e leite de
coco) considerado o melhor da América do Sul no Les Chefs Sofitel.
Como acha que será o futuro da gastronomia
brasileira?
O Brasil
tem um potencial fantástico em matéria de produtos, frutos, carnes e raízes
amazônicos. Nesse aspecto, a natureza foi particularmente generosa
conosco. Aprendemos apreciar a boa cozinha e já existem muitos
profissionais de alto nível no Brasil e no mundo. Só
precisamos identificar melhor nossos próprios recursos culinários
para então iniciar um diálogo produtivo com os consumidores. Creio que,
neste momento, o Brasil está definindo sua própria identidade culinária e
buscando um caminho para se exprimir internacionalmente. Acredito no
reconhecimento e entendimento do próprio patrimônio com suas raízes culinárias,
a boa comunicação com os produtores e a valorização do produto nacional e
regional, os quais serão vitais neste processo. Investir em escolas, workshops
e formação voltados para crianças e adolescentes, com o intuito de
estimular a descoberta e formação de jovens talentos, bem como capacitá-los
para o mercado gastronômico (global ) de trabalho é talvez o grande
caminho.
Enfim, o que a chef gosta de comer?
Feijoada, costelinha
com quiabo, bife suíno acebolado, bife de chorizo argentino, bacalhau e
pão de queijo, é claro! Rs
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