Aculinária
mineira, assim como todas as outras, está fortemente ligada à história de sua
região. Foi no séculoXVI, com a chegada dos portugueses atraídos pela riqueza
de ouro e diamante, que as misturas de cultura aconteceram com mais intensidade
dando origem a pratos muito conhecidos hoje.
Naquela
época, em consonância principalmente com a rápida imigração, as cidades ficaram
superlotadas e a falta de alimentos caracterizou uma consequência.
Existem
registros que afirmam que muitos imigrantes morriam de fome, mas com as mãos
cheias de ouro. Em virtude da escassez, as negras cozinheiras tinham que usar
pouco sal (ingrediente caro naquela época) e criar pratos feitos à base de
componentes como feijão preto, milho, mandioca, frutas, raízes e folhas de
todos os tipos. Assim, a cozinha mineira se fez da simplicidade, sem grandes
requintes, mas com um ingrediente importante, a criatividade.
Em
Minas, os segredos da culinária passam de mãe para filha. Nos antigos cadernos
de receitas escritos com letras caprichadas, ficam registrados os segredos da
culinária fortemente influenciada pela cultura popular. Os pratos são feitos
com muito cuidado e gosto já que a hora da refeição simboliza o momento dos
encontros familiares, das conversas miúdas e da integração entre as pessoas em
geral.
Na
mesa, em qualquer que seja a combinação, o angu, a couve, o quiabo, a taioba
entre outros, têm presença diária. Ingredientes que também nunca faltam na
despensa são o milho e a mandioca. Com eles são feitos infinidades de pratos
salgados e doces. No café da manhã, o dia se inicia com uma broa de fubá saída
do forno, sempre regado a leite com café. O pão fresquinho com manteiga ou
queijo também é sempre bem vindo.
Uma
característica marcante é que o mineiro almoça como janta. Os cardápios são parecidos:
arroz, feijão, folhas e carne, (de boi ou geralmente de porco). A
sobremesa, por sua vez, é sempre farta e variada goiabada, doce de leite,
de frutas, tudo casadinho com o queijo branco e fresco de Minas.Outra
gulodice mineira bastante típica e conhecida é o famoso pão de queijo,
que deve ser servido logo após sair do forno.
Outras
iguarias bem características do Estado são: o tutu com lombo de porco e o
famoso feijão tropeiro acompanhado de linguiça, do delicioso torresmo, da couve
picada fininho e da rodela de ovo cozido. A canjiquinha com costelinha de porco
também é uma ótima opção para as noites mais frias.
História do Feijão Tropeiro
O feijão-tropeiro é um prato típico dos estados
brasileiros de Goiás, São Paulo e Minas Gerais.
Desde o período colonial, o transporte das mais diversas mercadorias era feito por tropas a cavalo ou em lombos de burros. Os homens que guiavam esses animais eram chamados de tropeiros. Até a metade do século XX, eles cortaram ainda boa parte do estado de São Paulo, conduzindo gado. O feijão misturado a farinha de mandioca, torresmo, lingüiça, ovos, alho, cebola e temperos, tornou-se um prato básico do cardápio desses homens, daí a origem do feijão tropeiro.
Feijão tropeiro
Ingredientes:
500g de feijão roxo
300 g de costelinha de porco
300g de pancetta de porco
100g bacon
200 g de linguiça suína (pode ser defumada)
Cebolinha
50 g de cebola
4 dentes de alho
Farinha de Mandioca
Óleo de coco
5 folhas medias de couve
4 ovos
1 limão cravo
300 g de torresmo pré frito
Sal
Modo de Preparo:
Em uma panela de pressão
coloque o feijão roxo para cozinhar acompanhado de um pouco de sal, parte da linguiça
e do bacon aproximadamente 30 minutos, o feijão tem que ficar no ponto al dente.
Em outra panela coloque
aproximadamente 10 g de óleo de coco para refogar as carnes, comece pela
costelinha, em seguida a pancetta, o bacon e por fim a linguiça acrescente a
cebola e alho.
Pique as folhas de couve e
os talos bem fininhos e acrescente a mistura, adicione o feijão já cozido sem
caldo e a farinha de mandioca.
Frite o torresmo pré frito.
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